quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Canção para o término do amor de um Ornitofóbico








Canção para o término do amor de um Ornitofóbico

Eu vejo olhares corujais dentre a floresta e seu ser noturno
chamando o que restava da minha inocência para a perdição ininterrupta
Não tendo pena de mim leva meu espírito à elevação
Como é torturante e bom estar contigo fantasma moribundo e entristecido
Me faz tão bem o conforto de sua presença mórbida
Amor que de tanto fez, nada sobrou no final depois de desfeito seu feito
Uma vez amado o amor fantasma que nem vive se recolhe e corre se despedindo na floresta
Não sou capaz de ver mais olhares corujais dentre a mata e nem enxergo seu ser noturno
Me abandonou destroçando o que restava da minha inocência para a perdição ininterrupta
Não tendo pena de ti levando seu espirito ao esquecimento...

Luan Assis de Oliveira
 03/08/2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Amor de vó




Cheiro de ninar no ar
doce como um chá de camimila, acalma a alma apaziguando a vida
Vó amor de mãe e mais mãe! mais uma vez!
Mãe duas vezes, que inebria com o feijão fresco e a risada a corar as tardes
Carinho de crochê eterno embala e do frio afasta meus medos
Beijinho ser-te na testa e na bochecha, a carinhosa velha de alma novinha em folha
amor de vó, amor de nó de laço de fita do cabelo da moça bonita
Jubilemos o amor que temos,ou que talvez um dia tivemos o amor de vó...

Luan Assis de Oliveira

25.07.12

Incompleto

Deitarei na cachoeira em cima do penhasco, e no frescor da vida te encontrei óh!paz e tranquilidade
minhas belas amantes. 
Longe da perdição com a folia, ambas amigas dos bobos, prefiro me juntar aos carinhos das ondas e beijos constantes e gelados da cachoeira mais linda
Ah, junte-se à mim sol e lua para dançarmos no bloco do sono bem longe do concreto
Deixe que meu ser se torne menos incompleto..


Luan Assis de Oliveira
Sem data






...

Cerveja, Sexo e Alice



Cerveja, Sexo e Alice


Alice Hoje está impaciente
Alice não consegue dormir
Alice desiste de seguir o coelho branco, e come ovos de páscoa entediada
Alice suspira debruçada nos joelhos, enquanto a tarde de trabalho passa despercebida
Ela pode girar o mundo, ela pode sair do buraco, ela pode inventar maneiras
de tornar o seu dia menos chato

Alice levanta animada
Alice enfrenta multidões no metrô
Alice se perde nos atalhos para o destino em busca do amor
Alice perde a cabeça e nem precisaram mandarem cortá-la
Alice se entrega à perdição, tomando baldes de cerveja com um jovem bonitão

Alice acorda acabada
Alice enfrenta o braço do bonitão adormecente
e pensa "Mas puts! que atitude adolescente"
Alice veste a calcinha e desce o elevador
Alice tenta disfarçar com um riso sua dor
e pensa

"Alice sua tola, caralho! está atrasada para o trabalho"

Luan Assis 24/07/2012












sexta-feira, 23 de março de 2012

Ao olhar que me leva


Ao olhar que me leva

Irei insistir na minha resistência a te olhar
Ele me fascina, me faz perder o ar
Insolitamente cantando o luar nesta noite
pertenço ao destino e seu açoite
que de me iludir e entristecer foi enegrecendo meu viver
e quem me dera um dia poder morrer junto ao corpo teu
pois só assim ficarei satisfeito que mesmo no purgatório de nossos desejos ainda serei seu

Luan Assis
24/04/2012









sábado, 10 de março de 2012

Aquela que não pertenço e amo








Eu não pertenço aos seus pertences sentimentais,


você enganou a minha esperança e como um lápis quebrado meu usou com violência
Fale pelo nariz, e respire pela boca, ingratidão efêmera!


Venha me despir para a última noite de nossas vidas sua louca destemida
Iremos rir depois que lembrarmos do que fizemos
Cala-te voluptuosa, começou a missa de domingo


então...Oremos...

Luan Assis
11/03/2012

Lapide-se



Se não tivéssemos desafios a enfrentar, talvez nunca teríamos conhecimento do que é perseverar e ter competência para seguir em frente.
Não esmoreça, não amoleça, seja forte e brilhante, lapide a sua brutalidade para ser mais radiante que um diamante!!! Não estamos sozinhos neste Universo.


Luan Assis
11/03/2012

terça-feira, 6 de março de 2012

Mudante



Mudante

Fazer as malas
Mudar de rumo
Irei ver se me aprumo
Nesta nova forma de prosar

Posso me hospedar no lero
Uma vida nova é o que eu quero
Distante do velho, e das falsas ambições

Deixei corações para trás
E isso no fundo me deixa em paz
pois ainda existo na lembrança
e OLHE! não sou mais criança
no berço não pretendo mais ficar

Não olho para trás com pesar
Ao destino entrego às falas
no meio da estrada, sozinho e com malas

Luan Assis

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O pai da semente que fui




O pai da semente que fui

Óh, deixei de acreditar que o tempo pudesse te mudar
em vão fui me afastando do teus braços que me ajudaram a levantar tantas poucas vezes
tanto tive que cair, que me cansei de ressurgir
fui a criança frágil, que lia, desenhava e mal atrás da bola corria, e por não ser o que queria eu sofria
fui o adolescente rebelde, e sem querer, sua rebeldia em mim fiz nascer
o pai da semente que fui, se distancia,
e na minha vida cria, uma lacuna vazia
não preciso mais dos teus braços, eles já germinaram em raízes fortes e já me sustento!
não preciso mais cair, pois firme permaneço com meu tronco é firme e pode resistir!
Me dói  ter sido um dia semente, se nem da arvore que fui estou na mente...

Luan Assis
23/02/2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012


"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor." (Vladimir Maiakovski)





Cores da tarde

As cores da tarde evoluem quando as estações passam no metrô, mergulho sem ver a luz pelo vidro da janela e em poucos instantes o amarelo vívido me invade.
A cidade está toda amarela pois o sol se despede e amarelado sorri para todos se despedindo de mais um dia de trabalho árduo, eu vou me despedindo e murchando minha "solaridade", todos se despedem de suas atividades estressantes, prazerosas, felizes ou infelizes e vão para casa se entregar ao fim de mais um dia...e pobre da dona lua que as vezes não é percebida pelos filhos do sol...que adormecem cansados



domingo, 29 de janeiro de 2012

Cansado





Tomar uma decisão com um beijo
Talvez eu tenha arrepios

E quando eu cambaleei na volta para casa
Eu assegurei que todas as minhas pegadas tinham desaparecido na neve

Tecido e osso isso foi um encontro
Isto não é uma troca de tiros

Desmarcando-a da minha lista
Incapaz de reescrever


Tradução da música "Ready, Able" de Grizzly Bear
Não tenho os direitos sobre o video e letra.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A morte do passarinho




A morte do passarinho

Visceral entre a suas penas
pobre de si mesmo
coitado de si mesmo
passarinho sozinho apenas

O dono nem chorou
apenas estranhou
que naquele dia
o passarinho sua canção não cantou

Luan Assis

22/02/09

Elementar de mim




Elementar de mim

Se segurando para não alimentar o selvagem interior
invocando todas as barreiras para amansar o próprio ardor
fogo que queima e possui o corpo inconciente
vem à brasa de sua pele um vento forte acalmando lentamente

A respiração lenta e audível
vem sutil a água sensível
lhe acalmar com ondas de leveza e frescor
antes ardor agora amor

Poderia a terra sufocar-lhe com pedras e rigidez?
poderia enterrar os medos e segredos?
no chão que permanece, a fera que fora se esquece

coberto do verde infinito
nunca foi o ser mais bonito
com a natureza no peito aflito
elementar de mim escrito


Luan Assis de Oliveira
22/02/2009

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amantes

Amantes

Sobre a relva macia os amantes se olham
nada fazem, apenas se olham
nada esperam por que o tempo parou
o relógio inquieto até se abalou

Tentando decifrar cada pensamento
amantes que se olham com sentimento
Vivem pela paixão não pelo desejo
que termina com um doce bocejo

Amantes em sua dança delirante sem fim
desbotando todas as rosas pintadas de carmim
Derramando a pureza da verdade sobre a vida
Amantes que se amam antes de sua última despedida

Luan Assis de Oliveira 25/01/2008

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fugi




Fugi 

O vento sussura para que volte para casa
Não há rumo em meu mapa, eu perdi a bússula no taxi
Chegando na nova cidade dos perdidos
eu me sinto achado pela brisa do desconhecido,
chutando latas de cerveja e xingando a própria rebeldia

Sim...fugi de casa,
fugi do conforto...
é o desafio que puz a mim mesmo
que se dane meus pais, que se danem minha tia
agora me privo de roupa lavada e alegria

Vou me virar, de lado do jogo
que controla as pessoas sou eu nesse embate
perambulando pelas ruas sempre em xeque-mate

Luan Assis

23/12/2012

The Dark Way She Moves




The dark way she moves

When the night falls down
i can smell her luxury perfum
don't see her, only feel

She comes closer and i feel inside my blood
I want her body and dance trought the night forest
I want to taste her moth in the hell

And the dark way she moves, i would give up off everything...

Luan Assis
 28/01/2012

Uiva, uiva Lobo Mal




Uiva, uiva Lobo Mal

Corra corra, chapéuzinho!
que o lobo está com fome
corre corre carneirinho!
eu quero sentir sua carne quente entre meus dentes
Avise a todos chapéuzinho que a ti não sobrará nenhum parente

Auuúú, estremece a floresta!
Lobos, eu os convido à minha grande festa

Dança, dança, enquanto dançamos escolho que parte sua jantar
cansa, cansa, seu jogo de resistência sobre meu espírito a te rasgar

Grite, grite presa indolente!
não resista ao meu dente
Entrega-te fácil querida flor

Enquanto sente meu amor na mais suave dor

Luan Assis
 23/01/2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

Durma docemente...




"Eu vou vagar sem destino até o fim dos tempos,
Separada de você.


Eu me afasto para encarar a dor.
Eu fecho meus olhos e me afasto.
Do medo de que eu nunca vou encontrar
Uma forma de curar a minha alma.
E eu vou vagar até o fim dos tempos
Separada de você.


Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livrai-nos de permanecer na tristeza
Ou do meu coração endurecido"


tradução do trecho de "My Heart is broken - Evanescence"

Amor nas Trevas



Amor nas Trevas

Errei sim
Morri sim
Me matei sim

A estaca superou-se
a ferida funda atravessou-me
com a flecha fumegante

Almas gélidas e perdidas
condenadas à maldição dos corações

Sofro sim,
ao ver seus olhos negro-safira
me mirarem com pena

Sofri sim
Pois você é o mato negro onde residem 
os ossos de suas besteiras e incertezas

Você é forte
temer-te irei sempre
ei de me conformar
com minha queda eterna pela sua negridão

Essa áurea que te faz cair.
Me ame
me sugue
Você é capaz de acabar com esse coágulo em meu coração

No cálice negro meu sangue escorre
negro de tanto medo, minhas lágrimas
vermelhas,
cor do amor...
Salvação do abismo...você

Luan Assis
12/06/07

Euforia Sufocadora



Euforia Sufocadora

Descalço, correndo pela virgem floresta
Fugitivo, ferido de todos a quem pertencia
Melhoras para tudo que te passa
E sendo assim segue a massa

Corpos colados intimamente
desejando consumir a própria chama
Pegue seus desejos e diga a ela que a ama!

Sussuros de tremecer cada pêlo
A cura é o mais discreto apelo
Pelo aquele que te chama

Chama ardilosa e escarlate em si
Chama o amor se contorcendo a ti
Leva-os para o ninho mais dourado
Por mais que sufocadoria ela me mate
Por mais dias de carinhos e Euforia

Luan Assis
15/02/08

O que pulsa


O que pulsa

Hoje à noite meu grito será de amor por ti,
De todo os males me despi

a lua ficará vermelha, pois nela irei jogar rosas
todas as borboletas acordarão amorosas

Hoje a cada pulsar de meu coração, mais em brasa irá bater
o céu irá se tornar brilhante pois cometas irão aparecer

lantente como o libertar
mais forte que simplesmente amar

O lobo uiva para a lua vermelha brilhante
O universo acorda para o ver o quanto ele é amante

As fadas brincam, pois é noite de lua cheia
Canta para o mortal um doce ninar a sereia

A coruja voa alto para no luar se banhar
O Gurreiro e a guerreira juntos a lutar

Tão quão belo

Tão quão perigoso
Tão quão emocionado e choroso
O que pulsa faz pulsar o coração amoroso.

Luan Assis de Oliveira  --/--/----

Sem Título I



"Eu

Guardei

o

Caos
no

meu

coração
mas


...



ele
 não
 explodiu"

Luan Assis
05-03-10

Desfazer-me contigo



Desfazer-me contigo

Pensando no que virá eu roubei meu bem
Eu roubei meu bem e afaguei sua cabeça junto ao meu peito
Respiramos o último suspiro de decadência e mergulhamos no devaneio
Sinto meu rosto suar de tanto correr, e te levar em meus braços
Somos fugitivos da realidade
Loucos Pintores que destroem obras primas
pintamos de vermelho todas as rosas 
Borramos de paixão todas as faces insatisfeitas do mundo
Eu e você
Não estamos perdidos
Venha!
Corra!
segure mais forte minha mão
posso sentir seu coração
ele quer sair de ti
mas não deixarei
quero nessa velocidade me fundir a ti
meu suor quente e teu calafrio desesperado
dois amantes rindo no gargalhar da lua
eu me desfaço contigo, junto meus átomos com os seus
somos um agora
um corpo louco que grita
grita de amor!!!

Luan Assis de Oliveira

Afago perdido



Afago perdido

Eu tinha quatro braços 
que se abraçavam e combinavam

Eu tinha quatro braços
que se moviam quentes sobre mim

Eu tinha uma vontade de ter
e de ter acabei tendo demais

Eu exagerei, consumi você 
até não sobrar nada

Eu deixei que fossem indo
no meu delirio

Eu tinha três braços
não sentia o calor de antes

Eu tinha dois braços
Não sentia mais o abraço

Eu me senti no frio sem
sem, algo que estava em mim...

Não mais que um afago perdido nas entrelinhas...
Quero poder deixar algo de mim sobre vc...
mesmo que leve de mim...
e deixe-me sentindo o afago perdido...

Luan Assis

sábado, 21 de janeiro de 2012

Doces Amargos II ( Saudade )




Doces Amargos II ( Saudade )

Provei de tua  volúpia, carnosa prazerosa morte
Morreram paixões antigas e só a tua sobrou
me dera tanta saliva que como vida saliva era seiva da vida
Beijando-me o corpo suavemente agora sinto
mesmo que longe, longe se foi ave rara!

Será que dor ausente que tua falta causa passará?
Provo de toda a boca que me chega, e nada sinto
como louco, desvario na luxúria e entre mil acordo
mas a tua saudade amarga-me a boca

doce amargo é a saudade que sinto

Luan Assis
04/06/09

Doces Amargos I



Doces amargos I

Doce loucura entre as minhas mãos
quão frio eu fora ao abraço teu negar-te afago
amor que assim nunca tive e desde então perdi
névoa púrpura no meu ser
destemido alegrar-se e o livre que voando se despede
longe de algo que nunca se viveu
doce loucura entre meus dedos
foge nas pontas da minha unha e se perde no tmepo que enferruja meus pregos

a ti, amizade?
a ti algo que distante guardo em mim...

Luan A.

Criança interna

Há um menino dentro do homem, que o faz pensar que tudo é lindo e colorido, não culpemos o menino de pensar assim, nem o homem de deixar que o menino exista dentro dele.
Mas o homem percebeu que para ser mais rico e poder ter mais coisas materiais ele teria que matar o menino e deixar ele no passado, enterrado dentro do caixão de suas lembranças, triste e cabisbaixo o menino se deita no caixão do peito do homem que sente vergonha pelo menino ainda existir mesmo que inanimado e gelado.
Óh menino de dentro do homem, quão belo é seu sono e triste é seu pesar!
dorme para jamais acordar
sonha eternamente a acreditar que o homem não se esqueceu completamente
da criança que fora...