terça-feira, 31 de janeiro de 2012


"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor." (Vladimir Maiakovski)





Cores da tarde

As cores da tarde evoluem quando as estações passam no metrô, mergulho sem ver a luz pelo vidro da janela e em poucos instantes o amarelo vívido me invade.
A cidade está toda amarela pois o sol se despede e amarelado sorri para todos se despedindo de mais um dia de trabalho árduo, eu vou me despedindo e murchando minha "solaridade", todos se despedem de suas atividades estressantes, prazerosas, felizes ou infelizes e vão para casa se entregar ao fim de mais um dia...e pobre da dona lua que as vezes não é percebida pelos filhos do sol...que adormecem cansados



domingo, 29 de janeiro de 2012

Cansado





Tomar uma decisão com um beijo
Talvez eu tenha arrepios

E quando eu cambaleei na volta para casa
Eu assegurei que todas as minhas pegadas tinham desaparecido na neve

Tecido e osso isso foi um encontro
Isto não é uma troca de tiros

Desmarcando-a da minha lista
Incapaz de reescrever


Tradução da música "Ready, Able" de Grizzly Bear
Não tenho os direitos sobre o video e letra.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A morte do passarinho




A morte do passarinho

Visceral entre a suas penas
pobre de si mesmo
coitado de si mesmo
passarinho sozinho apenas

O dono nem chorou
apenas estranhou
que naquele dia
o passarinho sua canção não cantou

Luan Assis

22/02/09

Elementar de mim




Elementar de mim

Se segurando para não alimentar o selvagem interior
invocando todas as barreiras para amansar o próprio ardor
fogo que queima e possui o corpo inconciente
vem à brasa de sua pele um vento forte acalmando lentamente

A respiração lenta e audível
vem sutil a água sensível
lhe acalmar com ondas de leveza e frescor
antes ardor agora amor

Poderia a terra sufocar-lhe com pedras e rigidez?
poderia enterrar os medos e segredos?
no chão que permanece, a fera que fora se esquece

coberto do verde infinito
nunca foi o ser mais bonito
com a natureza no peito aflito
elementar de mim escrito


Luan Assis de Oliveira
22/02/2009

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amantes

Amantes

Sobre a relva macia os amantes se olham
nada fazem, apenas se olham
nada esperam por que o tempo parou
o relógio inquieto até se abalou

Tentando decifrar cada pensamento
amantes que se olham com sentimento
Vivem pela paixão não pelo desejo
que termina com um doce bocejo

Amantes em sua dança delirante sem fim
desbotando todas as rosas pintadas de carmim
Derramando a pureza da verdade sobre a vida
Amantes que se amam antes de sua última despedida

Luan Assis de Oliveira 25/01/2008

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fugi




Fugi 

O vento sussura para que volte para casa
Não há rumo em meu mapa, eu perdi a bússula no taxi
Chegando na nova cidade dos perdidos
eu me sinto achado pela brisa do desconhecido,
chutando latas de cerveja e xingando a própria rebeldia

Sim...fugi de casa,
fugi do conforto...
é o desafio que puz a mim mesmo
que se dane meus pais, que se danem minha tia
agora me privo de roupa lavada e alegria

Vou me virar, de lado do jogo
que controla as pessoas sou eu nesse embate
perambulando pelas ruas sempre em xeque-mate

Luan Assis

23/12/2012

The Dark Way She Moves




The dark way she moves

When the night falls down
i can smell her luxury perfum
don't see her, only feel

She comes closer and i feel inside my blood
I want her body and dance trought the night forest
I want to taste her moth in the hell

And the dark way she moves, i would give up off everything...

Luan Assis
 28/01/2012

Uiva, uiva Lobo Mal




Uiva, uiva Lobo Mal

Corra corra, chapéuzinho!
que o lobo está com fome
corre corre carneirinho!
eu quero sentir sua carne quente entre meus dentes
Avise a todos chapéuzinho que a ti não sobrará nenhum parente

Auuúú, estremece a floresta!
Lobos, eu os convido à minha grande festa

Dança, dança, enquanto dançamos escolho que parte sua jantar
cansa, cansa, seu jogo de resistência sobre meu espírito a te rasgar

Grite, grite presa indolente!
não resista ao meu dente
Entrega-te fácil querida flor

Enquanto sente meu amor na mais suave dor

Luan Assis
 23/01/2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

Durma docemente...




"Eu vou vagar sem destino até o fim dos tempos,
Separada de você.


Eu me afasto para encarar a dor.
Eu fecho meus olhos e me afasto.
Do medo de que eu nunca vou encontrar
Uma forma de curar a minha alma.
E eu vou vagar até o fim dos tempos
Separada de você.


Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livrai-nos de permanecer na tristeza
Ou do meu coração endurecido"


tradução do trecho de "My Heart is broken - Evanescence"

Amor nas Trevas



Amor nas Trevas

Errei sim
Morri sim
Me matei sim

A estaca superou-se
a ferida funda atravessou-me
com a flecha fumegante

Almas gélidas e perdidas
condenadas à maldição dos corações

Sofro sim,
ao ver seus olhos negro-safira
me mirarem com pena

Sofri sim
Pois você é o mato negro onde residem 
os ossos de suas besteiras e incertezas

Você é forte
temer-te irei sempre
ei de me conformar
com minha queda eterna pela sua negridão

Essa áurea que te faz cair.
Me ame
me sugue
Você é capaz de acabar com esse coágulo em meu coração

No cálice negro meu sangue escorre
negro de tanto medo, minhas lágrimas
vermelhas,
cor do amor...
Salvação do abismo...você

Luan Assis
12/06/07

Euforia Sufocadora



Euforia Sufocadora

Descalço, correndo pela virgem floresta
Fugitivo, ferido de todos a quem pertencia
Melhoras para tudo que te passa
E sendo assim segue a massa

Corpos colados intimamente
desejando consumir a própria chama
Pegue seus desejos e diga a ela que a ama!

Sussuros de tremecer cada pêlo
A cura é o mais discreto apelo
Pelo aquele que te chama

Chama ardilosa e escarlate em si
Chama o amor se contorcendo a ti
Leva-os para o ninho mais dourado
Por mais que sufocadoria ela me mate
Por mais dias de carinhos e Euforia

Luan Assis
15/02/08

O que pulsa


O que pulsa

Hoje à noite meu grito será de amor por ti,
De todo os males me despi

a lua ficará vermelha, pois nela irei jogar rosas
todas as borboletas acordarão amorosas

Hoje a cada pulsar de meu coração, mais em brasa irá bater
o céu irá se tornar brilhante pois cometas irão aparecer

lantente como o libertar
mais forte que simplesmente amar

O lobo uiva para a lua vermelha brilhante
O universo acorda para o ver o quanto ele é amante

As fadas brincam, pois é noite de lua cheia
Canta para o mortal um doce ninar a sereia

A coruja voa alto para no luar se banhar
O Gurreiro e a guerreira juntos a lutar

Tão quão belo

Tão quão perigoso
Tão quão emocionado e choroso
O que pulsa faz pulsar o coração amoroso.

Luan Assis de Oliveira  --/--/----

Sem Título I



"Eu

Guardei

o

Caos
no

meu

coração
mas


...



ele
 não
 explodiu"

Luan Assis
05-03-10

Desfazer-me contigo



Desfazer-me contigo

Pensando no que virá eu roubei meu bem
Eu roubei meu bem e afaguei sua cabeça junto ao meu peito
Respiramos o último suspiro de decadência e mergulhamos no devaneio
Sinto meu rosto suar de tanto correr, e te levar em meus braços
Somos fugitivos da realidade
Loucos Pintores que destroem obras primas
pintamos de vermelho todas as rosas 
Borramos de paixão todas as faces insatisfeitas do mundo
Eu e você
Não estamos perdidos
Venha!
Corra!
segure mais forte minha mão
posso sentir seu coração
ele quer sair de ti
mas não deixarei
quero nessa velocidade me fundir a ti
meu suor quente e teu calafrio desesperado
dois amantes rindo no gargalhar da lua
eu me desfaço contigo, junto meus átomos com os seus
somos um agora
um corpo louco que grita
grita de amor!!!

Luan Assis de Oliveira

Afago perdido



Afago perdido

Eu tinha quatro braços 
que se abraçavam e combinavam

Eu tinha quatro braços
que se moviam quentes sobre mim

Eu tinha uma vontade de ter
e de ter acabei tendo demais

Eu exagerei, consumi você 
até não sobrar nada

Eu deixei que fossem indo
no meu delirio

Eu tinha três braços
não sentia o calor de antes

Eu tinha dois braços
Não sentia mais o abraço

Eu me senti no frio sem
sem, algo que estava em mim...

Não mais que um afago perdido nas entrelinhas...
Quero poder deixar algo de mim sobre vc...
mesmo que leve de mim...
e deixe-me sentindo o afago perdido...

Luan Assis

sábado, 21 de janeiro de 2012

Doces Amargos II ( Saudade )




Doces Amargos II ( Saudade )

Provei de tua  volúpia, carnosa prazerosa morte
Morreram paixões antigas e só a tua sobrou
me dera tanta saliva que como vida saliva era seiva da vida
Beijando-me o corpo suavemente agora sinto
mesmo que longe, longe se foi ave rara!

Será que dor ausente que tua falta causa passará?
Provo de toda a boca que me chega, e nada sinto
como louco, desvario na luxúria e entre mil acordo
mas a tua saudade amarga-me a boca

doce amargo é a saudade que sinto

Luan Assis
04/06/09

Doces Amargos I



Doces amargos I

Doce loucura entre as minhas mãos
quão frio eu fora ao abraço teu negar-te afago
amor que assim nunca tive e desde então perdi
névoa púrpura no meu ser
destemido alegrar-se e o livre que voando se despede
longe de algo que nunca se viveu
doce loucura entre meus dedos
foge nas pontas da minha unha e se perde no tmepo que enferruja meus pregos

a ti, amizade?
a ti algo que distante guardo em mim...

Luan A.

Criança interna

Há um menino dentro do homem, que o faz pensar que tudo é lindo e colorido, não culpemos o menino de pensar assim, nem o homem de deixar que o menino exista dentro dele.
Mas o homem percebeu que para ser mais rico e poder ter mais coisas materiais ele teria que matar o menino e deixar ele no passado, enterrado dentro do caixão de suas lembranças, triste e cabisbaixo o menino se deita no caixão do peito do homem que sente vergonha pelo menino ainda existir mesmo que inanimado e gelado.
Óh menino de dentro do homem, quão belo é seu sono e triste é seu pesar!
dorme para jamais acordar
sonha eternamente a acreditar que o homem não se esqueceu completamente
da criança que fora...